sexta-feira, 3 de abril de 2015
Anticoncepcionais causam 23 mortes no Canadá, apontam documentos
Pelo menos 23 mulheres no Canadá que tomam regularmente pílulas anticoncepcionais morreram, a maioria pela formação de coágulos no sangue, segundo documentos do Ministério da Saúde do país, informou nesta terça-feira (11) a rede de televisão local Canadian Broadcasting Corporation (CBC).
Médicos e farmacêuticos que são obrigados a notificar as reações adversas aos medicamentos suspeitam que as pílulas Yaz e Yasmin, do laboratório alemão Bayer, foram as causadoras das mortes, acrescentou a CBC.
Centenas de mulheres podem ter sofrido os efeitos nocivos desses anticoncepcionais, disse o advogado que apresentou recurso coletivo, citado pela CBC. Milhares de ações foram apresentadas contra a Bayer, em particular nos Estados Unidos.
A agência americana Food and Drug Administration (FDA), que regula alimentos e remédios, lançou em abril do ano passado uma advertência de que essas pílulas poderiam estar "vinculadas a um risco maior de coágulos no sangue" e que essa informação deveria aparecer na bula do produto. Em 2011, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) fez uma advertência semelhante.
Os coágulos sanguíneos podem causar um acidente vascular cerebral, se estiverem no cérebro; uma embolia pulmonar, se forem para os pulmões; um infarto do coração, se ficarem localizados no sistema circulatório.
As pílulas Yaz e Yasmin estão entre as mais vendidas do mercado. Elas contêm drospirenona, substância derivada do hormônio feminino progesterona, combinada com etinil estradiol, um estrogênio comum nos contraceptivos orais.
Resposta da Bayer
Em nota à imprensa, a Bayer HealthCare – divisão de saúde da Bayer – informou que, "como empresa de pesquisa e inovação, tem um compromisso contínuo com pacientes e profissionais de saúde, em tudo que diz respeito à eficácia e segurança de seus produtos".
A empresa também "reafirma seu compromisso com a qualidade e a segurança de YAZ e Yasmin e esclarece seu posicionamento de transparência na investigação minuciosa de relatos de efeitos colaterais possivelmente relacionados a esses produtos".
Sobre as notícias veiculadas no Canadá, "informamos que não temos conhecimento de quaisquer novos indícios epidemiológicos e/ou estudos científicos que indique que o perfil segurança desses medicamentos possa ter se alterado". Além disso, a fabricante informou que colabora com o Ministério da Saúde canadense em "avaliações sobre o uso, riscos e benefícios de todos os seus produtos, incluindo YAZ e Yasmin".
"Adicionalmente, com periodicidade mensal, a Bayer e as agências de saúde, como o Health Canada, trocam informações para conciliar todos os eventos adversos relatados. É importante notar que esses eventos reportados não necessariamente denotam uma relação de causalidade direta com os produtos. Contraceptivos orais combinados, como YAZ e Yasmin, estão entre os medicamentos mais sistematicamente estudados e amplamente utilizados disponíveis hoje."
A empresa informou, ainda, que, "com base em uma avaliação completa dos dados científicos disponíveis por parte das autoridades reguladoras, peritos independentes e cientistas da Bayer, YAZ e Yasmin são seguros, eficazes e têm um perfil de segurança (risco-benefício) favorável, quando usados da forma indicada na bula do produto aprovada pelas agências de saúde de cada país. Lembramos que os medicamentos Yaz e Yasmin possuem aprovação de todos os grandes órgãos regulatórios mundiais, tais como EMA, FDA e, no Brasil, Anvisa".
A Bayer HealthCare se colocou à disposição por meio do seu Serviço de Atendimento ao Consumidor, no telefone 0800 702 1241, ou pelo e-mail sac@bayerhealthcare.com.
Texto retirado do site: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/06/anticoncepcionais-causam-23-mortes-no-canada-apontam-documentos.html
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