quarta-feira, 13 de abril de 2016

A alegria do amor conjugal

12/04/2016 - 10:01 


“Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo” (Jo 21, 17). Diante dessa bela, divina e maravilhosa afirmação de Pedro, vemos um amor verdadeiro, autêntico e sincero, encorajando-nos na lealdade e na caridade, a quem o Senhor confiou a missão de apascentar o rebanho. Que nossa resposta seja interiormente generosa, em uma atitude de escuta e acolhida, dizendo um alegre sim às propostas da Mãe-Igreja.

A alegria do amor – Amoris laetitia – é o título em português da Exortação Apostólica Pós-Sinodal do Papa Francisco, ao entregar ao mundo católico as conclusões do Sínodo da Família de 2015. O Santo Padre chamou a atenção e propôs algo relevante: a “dimensão erótica” do amor conjugal, exortando não ser mais possível entender a dimensão erótica do amor como um mal permitido ou como um peso tolerável para o bem da família.

Francisco deixa nítido o amor conjugal como sendo dom de Deus que embeleza o convívio dos esposos; a “união sexual” no matrimônio tem que ser talhado como “caminho de crescimento na vida da graça para os esposos”, que o dever da procriação ofuscou “o convite a crescer no amor e no ideal de ajuda mútua”, ajudando todas as pessoas envolvidas a descobrirem o valor da riqueza e da beleza do matrimônio, na indizível alegria do referido amor

O maravilhoso nesse aspecto é que a exortação pós-sinodal veda todos os espaços a qualquer forma de submissão sexual, ao mesmo tempo em que questiona um “ideal de matrimônio” apenas como “doação generosa e sacrificada, onde cada um renuncia a qualquer necessidade pessoal e se preocupa apenas por fazer o bem ao outro, sem satisfação alguma”.

O Sumo Pontífice também rejeita correntes espirituais que “insistem em eliminar o desejo para se libertar da dor”, ao afirmar: “A sexualidade não é um recurso para compensar ou entreter, mas trata-se de uma linguagem interpessoal onde o outro é tomado a sério, com o seu valor sagrado e inviolável”.

Sem enumerar outros itens, concluo com o convite feito pelo Bispo de Roma aos casais a “cuidarem da alegria do amor”, amor que permite “encontrar prazer em realidades variadas e nas várias fases da vida, dando real importância ao outro”, dizendo-nos: “A ternura é uma manifestação deste amor que se liberta do desejo da posse egoísta”.









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