quarta-feira, 13 de abril de 2016

Santa Sé é contra desenvolvimento de “robôs assassinos”

13/04/2016



“A Convenção deve tomar uma decisão corajosa e proibir as Armas Letais Autônomas como já fez no passado a respeito de outros tipos de armas”.

Esta foi a recomendação de Dom Ivan Jurkovič, novo Observador Permanente da Santa Sé junto às Nações Unidas, em Genebra, ao se dirigir à Convenção sobre Certas Armas Convencionais (CCW), reunida na Suíça para um encontro de especialistas no assunto.



“Robôs assassinos”


As Armas Letais Autônomas, caso recebam autorização da ONU para serem desenvolvidas, teriam autonomia para identificar e destruir alvos sem a intervenção humana.

“Os riscos das Armas Letais Autônomas são muitos e importantes para serem ignorados. Além do fato que deixa a uma máquina a decisão sobre a vida ou morte de um ser humano, um outro perigo é que estas armas poderiam levar a estratégias que diluiriam ou ocultariam responsabilidades reais, induzindo a uma completa falta de prestação de contas”, advertiu o arcebispo Jurkovič.



Prevenção


Ao defender que uma política de prevenção é a melhor saída para evitar que tais armas sejam fabricadas, a Santa Sé convida a uma ação coletiva que proíbe o desenvolvimento e uso dos “robôs assassinos”.

“É preciso encarar os fatos: as Armas Letais Autônomas não são capazes de lutar contra o flagelo atual do terrorismo e das guerras assimétricas. A verdadeira luta é aquela que vai restaurar a justiça, o respeito pelos direitos humanos, o respeito pelos direitos das minorias e promover participação política e desenvolvimento integral”, defendeu o observador.



Falsa sensação de segurança


Dom Jurkovič alertou ainda que, ao invés de contribuir para a defesa da paz, estas armas se transformariam em uma “progressiva incitação à guerra”:

“Se quisermos paz, devemos não somente evitar o acúmulo de armas, mas também devemos converter as mentes (...) Esta batalha não será vencida com superarmas tecnológicas. O uso das Armas Letais Autônomas levaria somente a uma falsa sensação de segurança e à instabilidade”.

Fonte: Rádio Vaticano







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