segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Mesmo com autorização para abortar, menor estuprada decide manter gravidez em Sorocaba (SP)

O drama da menina de 14 anos estuprada ganha mais um capítulo em Sorocaba (99 km de São Paulo). Depois de receber uma autorização judicial para fazer o aborto, ela decidiu não interromper a gestação de quatro meses que teria sido provocada pelo próprio pai da menor.

De acordo com a tia da adolescente, Shirley Ataíde, a decisão foi tomada em conjunto com a família, depois de receber a visita de uma psicoterapeuta. “Eu expliquei que se tratava de uma vida e que ela poderia se arrepender disso no futuro”, disse a tia. “Conversamos e ela vai pensar até o parto se fica com o bebê ou entrega à adoção.”

A Justiça autoriza o aborto em apenas dois casos: quando há risco de morte da mãe e estupro, o que houve com a adolescente. Shirley explicou que a sobrinha fez todos os exames necessários para saber se o bebê tem algum problema de má formação. “Está tudo bem, graças a Deus. Ela espera uma menina.”

A tia disse que a menina vai começar um tratamento com psicólogos, o que vai ajudar a superar o trauma de gerar um filho do próprio pai. A adolescente não vai à escola desde que o pai foi preso. Ela vivia com ele, uma irmã de 13 anos e um irmão de oito anos. Os três estão agora sob os cuidados de duas tias que moram na mesma rua, já que a mãe abandonou a família há um ano e meio.

Preso em flagrante O pedreiro Alexandre Vieira, de 37 anos, foi preso no dia 14 de agosto em flagrante quando tentava estuprar a filha de 14 anos mais uma vez. As outras duas filhas, uma de 13 e outra de 17 anos, disseram que também já sofreram abusos do pai. A família descobriu o que acontecia quando desconfiaram da gravidez da adolescente.

Quando foi confirmado que ela esperava um bebê, a menina contou o que acontecia. “Ela disse que ele a forçava a fazer sexo e que fazia ameaças caso contasse para alguém”, disse o tio da menor, Urbano Silva Ataíde. A Delegacia de Defesa da Mulher assumiu o caso. De acordo com a delegada Ana Luiza Salomone, o pedreiro vai responder a dois processos. O primeiro deles pelo flagrante de agosto, que é o estupro da menina que já completou 14 anos.

O segundo se refere ao período que abusou sexualmente das filhas, quando elas ainda não tinham completado 14 anos, o que caracteriza estupro de vulnerável. “A pena para um caso como esse varia de 12 a 24 anos de prisão”, explica. Medo Alexandre foi levado para a cadeia de Pilar do Sul, e para garantir que ele não responda ao processo em liberdade, a delegada fez um pedido de prisão preventiva. “Assim, é garantido que ele ficará preso até o julgamento”, diz. É justamente a possibilidade de ver o cunhado solto novamente que assusta a família da adolescente. “Eu tenho certeza de que se ele puder, vai tentar matar todos nós que colocamos ele na prisão e também a menina”, disse Shirley. Do UOL, em Sorocaba (SP)







Resumo da história de Santa Mônica

A História de Mônica

Ela teria nascido no ano de 331 d. C. em Tagaste (Norte da África, distante 100km de Cartago-cidade da Numídia, atual Sukh Ahras, na Argélia, perto da fronteira com a Tunísia, a aproximadamente oitenta quilômetros da costa mediterrânea), embora existam controvérsias quanto a essa data (A Igreja aceita a data de 331 conf. Liturgia das Horas – Ofício das Leituras, 1982: 1.534. Seus pais eram cristãos, que se mantiveram católicos durante o cisma donatista .
Segundo Agostinho, Mônica foi criada por uma dada (termo que designava uma escrava incumbida de vigiar as crianças filhas de seus senhores), que se caracterizou por sua religiosidade e também por sua rígida disciplina. 
Tal educação fez com que Santa Mônica também se tornasse uma mulher de grandes virtudes. Após receber o santo Batismo, cuja graça conservou por toda a vida pela pureza da fé e santidade de vida, tornou-se praticante de obras de caridade para com os pobres, evitava divertimentos profanos, fugia das ocasiões de perigo e desprezava as exigências e extravagâncias da moda.
Seus pais lhe arranjaram para casamento um rapaz de Tagaste, chamado Patrício, membro da ordem dos decuriões do Conselho de Tagaste. Na qualidade de decurião, seu marido provavelmente possuía pelo menos doze hectares de terra, o que coloca o casal numa razoável posição social, já que isso inclui bens como escravos, olivais e vinhas. 
Quando do casamento entre Mônica e Patrício, este teria então cerca de quarenta anos de idade e ela dezessete ou dezoito conforme o costume da época e do lugar. O marido era homem rude e violento, o que era fonte de muito sofrimento e provações para Santa Mônica. Mas esta sofria tudo com muita paciência, mansidão e docilidade. Santa Mônica não respondia a Patrício, a não ser pela caridade e pela oração. Muitas eram as más línguas que procuravam semear a discórdia no lar da santa mulher, aconselhando-a a abandonar o marido violento, mas Santa Mônica defendia o marido, e jamais tolerava que o difamassem em sua presença. Tanta dedicação e fidelidade foram levadas em consideração pelo Senhor, que lhe concedeu a graça de ver o marido convertido.
Santa Mônica teve com Patrício três filhos, sendo dois homens – Agostinho e Navígio – e uma mulher – Perpétua, que se tornou religiosa. Agostinho, o filho mais velho, foi também fonte de grandes amarguras para a mãe. Apesar de nunca lhe faltarem os bons conselhos da mãe, que o educou no catolicismo, o filho era desobediente e se mostrava muito inconstante e volúvel. Por esses motivos, Santa Mônica achou por bem não o apresentá-lo para ser batizado, temendo que se o fizesse, ele poderia vir a perder a graça do Batismo e também pelo costume da época, as crianças filhas de católicos não eram batizadas quando de seu nascimento; o batismo só ocorria mais tarde, quando a pessoa tivesse plena consciência da importância do sacramento. Apesar disso, Agostinho foi inscrito no catecumenato (preparação para receber o batismo). Logo depois, Patrício se converteu ao cristianismo. Provavelmente, temos aqui a influência de Mônica.
De qualquer modo, neste período o cristianismo já tinha a aquiescência do Império e é provável que Patrício tenha cedido aos apelos de sua mulher, se convertendo e dando os primeiros ensinamentos cristãos a Agostinho, com a ajuda econômica de um amigo de nome Romaniano — que, durante toda a educação de Agostinho, socorreria a família quanto aos gastos para sua formação, mesmo após a morte de Patrício (o pai de Agostinho morreu no mesmo ano de sua conversão, em 370).
Agostinho perdeu o pai com dezessete anos, e desde então saiu de casa para estudar em Cartago. Santa Mônica ficava tão desolada com as notícias que recebia do filho que chegou a proibi-lo de entrar em sua casa. Mas Deus consolava o coração da pobre mãe, revelando-lhe, através de visões misteriosas, a futura conversão do filho. Tal consolo fez com que a mãe novamente aceitasse o filho em casa.
Certa vez procurou um bispo para recomendar-lhe seu filho, ao que o bispo respondeu a Santa Mônica: “O coração de teu filho não está ainda preparado, mas Deus determinará o momento. Vai e continua a rezar: é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas”.
Tantas foram as orações, súplicas e penitências de Santa Mônica pela conversão de seu filho Agostinho que esta aconteceu. Em 387 Agostinho recebeu, com seu filho Adeodato, o santo Batismo. Depois disso Santa Mônica afirmou: “Vendo-te hoje cristão Católico, nada mais me resta fazer neste mundo”. Contraiu doença grave, e morreu com 56 anos.
O filho Agostinho, convertido com a graça das orações maternas, tornou-se, mais tarde, venerável bispo, homem de grande virtude e grande sabedoria, alcançou também a santidade, e é Doutor da Igreja.

Oração
Nobilíssima Santa Mônica, rogai por todas as mães, principalmente por aquelas mães que se esquecem que ser mãe é sacrificar-se. 
Rogai, virtuosa Santa Mônica, para que abram-se os olhos e as almas de todas as mães, para que elas enxerguem a beleza da vocação materna. A beleza do sacrifício materno.
Rogai, Santa Mônica, para que todas as mães saibam abraçar com Fé o sofrimento e a dor, assumam seus filhos com coragem, como instrumento de santificação para suas famílias, e para sua própria santificação. Amém.

Bibliografia 
A Bíblia de Jerusalém. São Paulo: Edições Paulinas, 1991.
AGOSTINHO. Confissões. Braga: Livraria Apostolado da Imprensa, 1990 
AGOSTINHO. A Cidade de Deus. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1991, 2 vol. 
Liturgia das Horas – Ofício das Leituras. São Paulo: Edições Paulinas, 1982. 
LOYN, H. R. (org.) Dicionário da Idade Média. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1990.