segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Oração Católica - Eu vos adoro devotamente

Eu vos adoro devotamente


Eu vos adoro devotamente, ó Divindade escondida,
Que verdadeiramente oculta-se sob estas aparências,
A Vós, meu coração submete-se todo por inteiro,
Porque, vos contemplando, tudo desfalece.

A vista, o tato, o gosto falham com relação a Vós
Mas, somente em vos ouvir em tudo creio.
Creio em tudo aquilo que disse o Filho de Deus,
Nada mais verdadeiro que esta Palavra de Verdade.

Na cruz, estava oculta somente a vossa Divindade,
Mas aqui, oculta-se também a vossa Humanidade.
Eu, contudo, crendo e professando ambas,
Peço aquilo que pediu o ladrão arrependido.

Não vejo, como Tomé, as vossas chagas
Entretanto, vos confesso meu Senhor e meu Deus
Faça que eu sempre creia mais em Vós,
Em vós esperar e vos amar.

Ó memorial da morte do Senhor,
Pão vivo que dá vida aos homens,
Faça que minha alma viva de Vós,
E que à ela seja sempre doce este saber.

Senhor Jesus, bondoso pelicano,
Lava-me, eu que sou imundo, em teu sangue
Pois que uma única gota faz salvar
Todo o mundo e apagar todo pecado.

Ó Jesus, que velado agora vejo
Peço que se realize aquilo que tanto desejo
Que eu veja claramente vossa face revelada
Que eu seja feliz contemplando a vossa glória. Amém



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Adoro te Devote


Adoro te devote, latens Deitas,
Quae sub his figuris vere latitas:
Tibi se cor meum totum subiicit,
Quia te contemplans totum deficit.

Visus, tactus, gustus in te fallitur,
Sed auditu solo tuto creditur.
Credo quidquid dixit Dei Filius:
Nil hoc verbo Veritatis verius.

In cruce latebat sola Deitas,
At hic latet simul et humanitas;
Ambo tamen credens atque confitens,
Peto quod petivit latro paenitens.

Plagas, sicut Thomas, non intueor;
Deum tamen meum te confiteor.
Fac me tibi semper magis credere,
In te spem habere, te diligere.

O memoriale mortis Domini!
Panis vivus, vitam praestans homini!
Praesta meae menti de te vivere
Et te illi semper dulce sapere.

Pie pellicane, Iesu Domine,
Me immundum munda tuo sanguine.
Cuius una stilla salvum facere
Totum mundum quit ab omni scelere.

Iesu, quem velatum nunc aspicio,
Oro fiat illud quod tam sitio;
Ut te revelata cernens facie
Visu sim beatus tuae gloriae.





Texto retirado do site: 

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Site da Comunidade Santos Inocentes - Quem Somos

Sexta, 21 Junho 2013 18:05

Quem somos


Uma associação civil sem fins lucrativos (CNPJ: 09.649.920/0001-00), localizada em Samambaia, Distrito Federal. Defendemos a vida desde a concepção até o seu término natural e atuamos por meio da conscientização sobre o valor de cada vida humana.
O que fazemos

Realizamos diversos trabalhos em defesa da vida da criança e da mãe, entre eles um trabalho que nós denominamos “Resgate de inocentes”. Esse trabalho consiste em ir ao encontro da mãe ou família que esteja pensando em realizar um aborto - por terem sido vítimas de agressões, por questões financeiras, traumas afetivos, depressões etc. - e conscientizar a respeito da vida e do aborto. Damos apoio material (quando necessário), psicológico e espiritual (quando a mulher nos permite evangelizar). Em alguns casos, acompanhamos e apoiamos a mãe até o nascimento da criança.

Após o nascimento, acolhemos a mulher e seu filho em nossa Casa de Missão, conforme a necessidade de cada uma, e nos comprometemos com o bem-estar de ambos. Para as que não precisam de abrigo, doamos alimentos e enxovais.

Além do resgate, temos a preocupação de conscientizar as pessoas acerca do valor da vida humana desde a sua concepção. Em determinadas épocas do ano, fazemos evangelização nas ruas, em defesa da vida, em vários locais do Distrito Federal, ensinando sobre o valor da vida e conscientizando sobre a terrível realidade do aborto. Especificamente nos meses de setembro, outubro e novembro é feito o “Resgate porta a porta”, que consiste em percorrer a comunidade, durante todo o dia, mostrando o valor da vida e o mal do aborto. Realizamos também palestras onde somos convidados.

Em nosso trabalho não poderíamos nos esquecer das mulheres que praticaram o aborto. Nós nos aproximamos delas e as ajudamos a buscar e experimentar o perdão misericordioso de Deus, que, quando encontra um coração arrependido, não recusa nunca o Seu perdão.

Sempre no dia 28 de dezembro (festa dos Santos Inocentes) realizamos uma festa para as crianças carentes atendidas por nós durante o ano, que são cerca de 350. Nessa ocasião, celebramos alegremente o dom da vida. Temos planos de abrir cursos de trabalhos manuais que capacitem as mães para o trabalho e permitam que elas garantam o seu próprio sustento e o sustento de seus filhos.

Temos consciência de que o que fazemos é muito pouco diante da cruel realidade do aborto. Porém, acreditamos que, se outros grupos e os órgãos governamentais se dispuserem a fazer o mesmo, poderemos mudar a realidade do aborto no Brasil.




Como fazemos

Por meio de terceiros, tomamos conhecimento de mulheres grávidas que, por estarem passando por variados problemas, estão pensando em abortar seus filhos. Procuramos essas mulheres e conversamos com elas, mostrando o valor inestimável da vida e a terrível realidade do aborto. Procuramos compreender a realidade de cada mulher e damos apoio psicológico, espiritual e material, conforme necessário.


Nossa inspiração e força

Vem da Sagrada Escritura, da fala de Jesus que diz: "Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância." (Jo 10, 10). Nossa espiritualidade é a profunda experiência com o amor de Deus, que nos motiva a amar o dom da vida de cada ser humano e nos ajuda a resgatar o próximo da morte.


Quem são os missionários que trabalham
na comunidade dos Santos Inocentes?


Uma equipe de missionários leigos, homens e mulheres, casados e solteiros, trabalha desde o ano de 2002 a serviço da vida no Distrito Federal. Os que estão à frente do trabalho se reúnem semanalmente para rezar juntos e preparar os trabalhos em defesa da vida.

Há também os colaboradores dos Santos Inocentes, que são pessoas que apóiam de diferentes formas os missionários no trabalho em defesa da vida. Seja você também um missionário ou colaborador. Salve vidas!





Matéria retirada do site:

Instituições promovem a vida e ajudam a salvar mulheres e crianças


Raquel, mãe do povo israelita, chorando pelas crianças martirizadas


Comunidade Santos Inocentes e Projeto Raquel acolhem mulheres que pensam em abortar ou que já passaram por essa experiência traumática, e as ajudam a dizer sim à vida.

Os sinais indicaram a chegada de um Rei que haveria de libertar e salvar toda a humanidade. O Rei tinha nascido fora dos palácios e ninguém – além de Maria, José, os magos, alguns pastores e alguns profetas – sabia quem Ele era. Temendo ser destronado, Herodes, então rei da Judeia, mandou matar o Menino.

Sem saber com segurança a idade correta do Salvador, Herodes designou a execução dos garotos com menos de dois anos de idade na cidade de Belém, onde o nascimento estava previsto. E assim “Uma voz se ouviu em Ramá, grandes prantos e lamentações: Raquel chorando os seus filhos, sem admitir consolação, porque já não existem”. (Jer 31,15).

Para relembrar esse acontecimento, o Papa Pio V iniciou, no século IV, a celebração dos Santos Inocentes, primeiros mártires por Jesus. Realizada sempre dentro da Oitava de Natal, no dia 28 de dezembro, a solenidade convida a Igreja a refletir sobre a situação de milhões de crianças vítimas da violência e da morte precoce em todo o mundo, entre as quais, os fetos abortados.



Ao encontro dos inocentes


Missionários da Comunidade Santos Inocentes. À esquerda, a fundadora, Tânia Regina.


A cultura pós-moderna valoriza a escolha e a liberdade como bens supremos, mas não dá importância àquilo que dá suporte a esses bens: a vida. Nesse ínterim, há um novo massacre de crianças – mais silencioso e sombrio – desencadeado ainda antes do nascimento. É o que afirma Tânia Regina, fundadora da Comunidade Católica Santos Inocentes.

Em 2002, Tânia recebeu um chamado para fundar a comunidade e trabalhar com mulheres e respectivos familiares que têm o desejo de abortar os filhos por diversas razões, como financeiras, psicológicas e, até mesmo, por vaidade. “Deus nos mostrou que devíamos ser a mão amiga das mulheres grávidas, evangelizando-as para não abortarem”, conta Tânia.

Com sede na cidade de Samambaia, a 35 km de Brasília, o grupo é formado por missionários e recebe 39 crianças diariamente, em regime de creche, dando a elas e às famílias atendimento humano e espiritual.

A Comunidade Santos Inocentes chega até essas mulheres por meio de ligações e distribuição de folhetos nos mais variados locais de missão: ruas, feiras, eventos católicos. Quando uma mulher é encontrada no limiar da escolha entre a continuidade ou não da gravidez, os missionários da comunidade dão início à Operação Resgate, que procura conscientizar sobre as consequências do aborto, o valor da vida humana e o amor de Deus. Se a mulher decide por continuar a gravidez, os missionários providenciam, por meio de doações, o enxoval completo do bebê.

De acordo com Tânia, as mulheres atendidas, em geral, têm mais de 22 anos de idade, baixa escolaridade, são casadas ou possuem uma relação estável e, muitas vezes, são pressionadas pelo companheiro a praticarem o aborto. O acompanhamento é árduo e depende da abertura da gestante, mas os resultados são positivos. “Em mais de 90% dos casos que atendemos, a mãe escolhe pela vida da criança”, relata. Mesmo nos casos em que a mulher opta pelo aborto, a comunidade tenta prosseguir o acompanhamento.

Enxugando as lágrimas de Raquel

Criado nos Estados Unidos em 1984, o Projeto Raquel funciona como um ministério de cura para a mãe que praticou o aborto e para as pessoas próximas a ela. A rede de voluntários do projeto é composta por leigos, padres, diáconos, religiosos, psicólogos e profissionais da área médica especialmente treinados, que têm a tarefa de se unirem a estas pessoas no processo de arrependimento, luto, confissão e amizade com Cristo.

No Brasil, o Projeto Raquel chegou em 2011, a pedido de Dom João Carlos Petrini, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. As arquidioceses de São Paulo e Salvador foram as primeiras a receberem o projeto. Neste ano foi a vez de Brasília e Rio de Janeiro.

“Por meio da fé, compaixão e perdão, esse projeto ajuda as mulheres a superarem o trauma do aborto que carregam por anos a fio”, afirma Sônia Ragonha, coordenadora nacional do Projeto Raquel. Assim como acontece na Comunidade Santos Inocentes, as mulheres são ouvidas e acompanhadas.

Feito de forma sigilosa, os atendimentos são realizados, em boa parte, a senhoras na faixa entre 45 e 60 anos de idade, casadas e com filhos. Entre os casos se destaca o de uma senhora de 72 anos, que carregou a culpa do aborto durante muito tempo, mas obteve a cura com o acompanhamento. “Além da culpa, elas trazem sentimentos de ansiedade e depressão. Também têm dificuldade de relacionamento e medo de ter outro filho. Mas com o acompanhamento psicológico e espiritual elas conseguem superar o trauma”, relata Sonia.

Contatos:

Comunidade Santos Inocentes: (61) 3359-2867 / 3652 – www.santosinocentes.org.br/

Projeto Raquel: (11) 2578-4175





Matéria retirada do site: 

Santos Inocentes, uma comunidade em defesa da vida

28/05/2013 15:12


Informado pelos magos do oriente sobre o nascimento de um grande Rei, Herodes se sentiu ameaçado. Precisava garantir seu próprio reinado e, por isso, mandou que matassem todos os meninos de dois anos para baixo. Jesus escapou, mas milhares de crianças perderam a vida para que Ele pudesse sobreviver (Cf Mt 2, 1-16). Foram os primeiros mártires, por isso a Igreja, a 28 de dezembro, comemora a Festa dos Mártires Inocentes.

Nos dias atuais, milhões de inocentes também perdem a vida antes mesmo de nascer, num martírio silencioso e oculto, sem qualquer chance de defesa, sem a piedade daqueles que deveriam lhes proteger. Diante dessa triste realidade hodierna, uma comunidade se levanta no seio da Igreja para defender seus filhos.

Em homenagem àqueles que primeiro derramaram o sangue por Jesus, a comunidade recebeu o nome de Santos Inocentes. Fundada há nove anos, a ideia surgiu de uma palestra do professor Paulo Fernando, membro do Conselho de Bioética da Arquidiocese de Brasília. Ali, na Paróquia São José Operário, em Samambaia, estavam Tânia Regina e Aparecida Bispo. As palavras do palestrante e o filme assistido deixaram-nas inquietas. “Eu não podia mais cruzar os braços diante de uma realidade daquelas”, confessa a Missionária Aparecida, cofundadora da comunidade.

Nos meses que se seguiram, Tânia – fundadora – começou a ter momentos de grande emoção com Jesus Eucarístico. Ela sentia um forte chamado que dizia “Faça algo mais pela defesa da vida”, revela. Procurou orientação com Pe. Carlos Costa Carvalho, na época ainda Diácono, que a aconselhou a fazer algo para realizar este chamado.Tânia rezou, estudou o tema e ajudou mulheres a decidirem pela vida. Chamou Aparecida e foram chegando novas pessoas.

Hoje são três missionárias de vida, dez de aliança, quatro funcionários e alguns voluntários que saem às ruas para orientar mulheres e familiares sobre o direito à vida e cuidam da creche onde abrigam crianças salvas do aborto pelo trabalho missionário. Há ainda três aspirantes. Para integrar a comunidade, é preciso participar de encontros vocacionais realizados duas vezes ao ano na Paróquia São José Operário. A direção espiritual fica a cargo do pároco, Pe. Luiz Gonzaga.

O carisma da comunidade consiste em ir ao encontro de mães e familiares que planejam fazer o aborto para conscientizá-las sobre o direito à vida. O resgate é feito em todo o DF e entorno. Os casos são identificados através de denúncias.

A abordagem consiste primeiramente em escutar a mulher. “É preciso deixar que ela coloque para fora tudo o que está sentindo. Na maioria das vezes é um sentimento de revolta, de abandono, de desespero. E o simples fato de escutá-la já alivia tudo isso”, revela a Missionária Tânia.

A comunidade continua acompanhando a mulher e, assim que ela lhes permite, os Missionários da Vida explicam a realidade do aborto, mostram panfletos e exibem um filme. Muitas desistem antes mesmo que o filme acabe. Outras precisam ser acompanhadas até a hora do parto.

Elas são levadas a compreender o valor da vida e a entender que não estão sozinhas. Aquelas que não têm família ou que se sentem ameaçadas por parentes, geralmente o pai da criança, encontram abrigo na Casa de Missão. As que não têm condições financeiras recebem auxílio. Depois do parto, desde os dois meses, a criança pode ficar na Casa de Missão, que funciona como berçário. Aos dois anos de idade, são encaminhadas ao CRAS – Centro de Referência da Assistência Social – e conduzidas a uma creche credenciada.

Por Andrea Cammarota

Matéria cedida pela Revista Brasília Católica




Matéria retirada do site:

Jovens mais pró-vida fazem índice de abortos nos EUA despencar

Terça, 11 Agosto 2015 21:51

Jovens mais pró-vida fazem índice de abortos nos EUA despencar




Recentemente o jornalista Jeff Jacoby usou sua coluna no Boston Globe para tratar da queda no número de abortos registrados nos Estados Unidos. Partindo de dados da Associated Press, provenientes de 45 estados, ele diz que a taxa nacional de abortos vem baixando desde os anos oitenta, mas a partir de 2010 essa queda tem se dado de modo muito mais acentuada.

Uma das explicações para o fenômeno seriam as leis estaduais aprovadas nas últimas décadas, que restringiram a prática e fecharam clínicas de aborto em todo o país, mas essa tese não esclarece tudo.

Alguns dos decréscimos mais significativos ocorreram em estados que não chegaram a implantar nenhuma medida restritiva, como o Hawaí, onde a queda no número de abortos foi de 30%, ou Nevada e Rhode Island, queda de 22%, ou ainda Connecticut, 21%.

Jacoby destaca outro recorte. Quando se analisam os resultados por faixas etárias, nota-se que as adolescentes são as principais responsáveis pelo decréscimo (-66%, desde 1988), o que combina bem com outro dado bastante conhecido pelos norte-americanos: a nova geração é mais pró-vida do que a anterior. De 1991 até 2010, os jovens que se declaram favoráveis ao aborto legal sem restrições caiu de 36% para 24%.

Esses jovens, diz o jornalista, formam a geração que cresceu assistindo às tristes imagens de abortos e suas consequências. “A muitos, a destruição voluntária de uma vida no ventre materno lhes parece não tanto um ato de ‘liberdade reprodutiva’, mas sim de violência contra uma vítima inocente. Todos conhecem alguém que abortou legalmente. Basta olhar para o espelho para ver a alguém que poderia ter sido abortado legalmente”.

Jacoby conclui: “Em certo sentido, todo norte-americano nascido desde 1973 é um sobrevivente de Roe [diminutivo do nome dado ao caso jurídico que resultou na legalização do aborto em todo o país]. Talvez isso explique porque, independentemente de como os jovens se definam, o aborto é uma decisão que tão poucos estão dispostos a tomar”.






Matéria retirada do site:

O terror não poupa nem padres. Religioso que conseguiu abrigo no DF para famílias expulsas de casa é ameaçado de morte por milícia carioca


Há 14 anos, o padre polonês Pedro Stepien celebra missas na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Lago Azul, bairro do Novo Gama (GO). Diretor da Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família, o sacerdote ficou conhecido por ajudar a população do bairro. Apesar do trabalho social, há um ano, o pároco vem recebendo ameaças de uma milícia do Rio de Janeiro por ter acolhido, no Distrito Federal, sete famílias expulsas de um condomínio do Minha Casa, Minha Vida, em Campo Grande, zona oeste carioca. Essas pessoas foram acolhidas, segundo Stepien, “por famílias cristãs do DF”.

Na semana passada, depois de receber uma carta com ameaça de morte, o padre decidiu expor a história em seu perfil do Facebook e em grupos no WhatsApp. “Os bandidos querem que eu entregue essas famílias. Mas como posso fazer isso com meus irmãos de fé? Estaria traindo os meus próprios ensinamentos”, explica Stepien.

Os criminosos passaram a perseguir o sacerdote após uma audiência pública, em 2015, na Câmara dos Deputados. Na ocasião, o padre denunciou a atuação da milícia “Liga da Justiça” por expulsar moradores do condomínio popular. “Não recebi segurança do governo e de nenhum político, mas ganhei o apoio do povo brasileiro”, conta Stepien.



Em 27 de janeiro deste ano, o pároco registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia do Novo Gama (GO). Os agentes informaram que o caso está sendo investigado. A Polícia Civil do Rio de Janeiro também apura as denúncias. O padre já entregou seu celular às autoridades. De acordo com o jornal O Dia, na quinta-feira (25/2), a acusação chegou ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que pode acionar a Polícia Federal por se tratar de um programa habitacional da União.

Ainda segundo a publicação, os investigadores desconfiam de que há interlocutores, ou “olheiros” da milícia morando em Brasília. Em uma das mensagens no celular do padre, dizem que o estão monitorando de perto, inclusive por telefone.



Ameaça enviada a uma das vítimas abrigadas pelo padre

O Metrópoles teve acesso a uma conversa entre uma das vítimas acolhidas pelo padre Stepien e o miliciano. No áudio, o criminoso diz que invadiu a casa dela no conjunto habitacional do Minha Casa, Minha Vida no Rio e que, se ela tentar voltar para lá, vai matar todos os integrantes da família. As gravações foram feitas há um ano e meio.





“Liga da Justiça”

Em agosto do ano passado, policiais civis cumpriram mandados de busca e apreensão em condomínios do programa Minha Casa, Minha Vida no Rio de Janeiro. O objetivo da ação foi investigar a atuação de grupos milicianos nesses locais, por meio da cobrança ilegal de taxas por serviços de proteção, TV a cabo clandestina, agiotagem e pela imposição, aos moradores, da compra de cestas básicas por preços acima dos de mercado.

Os milicianos também são acusados de explorar jogos de azar, a prestação de serviços de transporte coletivo alternativo clandestino e a venda ilegal de botijões de gás. A Secretaria Estadual de Segurança do Rio de Janeiro informou que 30 mil pessoas vivem nesses condomínios construídos com verbas federais, que atualmente estão sendo controlados pela milícia “Liga da Justiça”. 

Com informações da Agência Brasil.





Matéria retirada do site: