quarta-feira, 8 de junho de 2016

Europa: Organizações católicas pedem revisão das políticas de migração

QUARTA-FEIRA, 8 DE JUNHO DE 2016, 12H50
MODIFICADO: QUARTA-FEIRA, 8 DE JUNHO DE 2016, 14H00



“Política de migração repressiva atual tem empurrado pessoas desesperadas para a morte”, afirmam organismos europeus

Da redação, com Agência Ecclesia

A Cáritas Europa e o Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS) apelaram nesta, quarta-feira, 8, aos líderes europeus que revejam as suas “políticas restritivas de migração”, apostando em formas “mais legais e seguras” de entrada no território.

Num comunicado conjunto enviado à Agência Ecclesia, as duas organizações católicas destacam que a atitude “repressiva” atual tem “empurrado pessoas desesperadas para a morte”, porque são forçadas a escolher “rotas perigosas” e a depender “da ajuda de contrabandistas e traficantes”.

“As políticas baseadas na dissuasão, incluindo o acordo com a Turquia, não estão a impedir os refugiados de tentar chegar aos nossos países, antes prolongam o seu sofrimento”, frisam os mesmos organismos.

De acordo com o comunicado em questão, “mais de mil migrantes perderam a vida em menos de uma semana, enquanto procuravam atravessar o Mediterrâneo”, rumo ao Velho Continente.

Para o secretário-geral da Cáritas Europa, Jorge Nuño Mayer, a União Europeia tem o dever de usar o seu poder “para salvar e proteger as pessoas”.

“Está aqui apenas em causa a vontade política de buscar meios mais seguros de entrada para as pessoas, para que elas não arrisquem as suas vidas”, apontou.

A posição da Cáritas Europa e do JRS chega numa altura em que os ministros do Interior se preparam para debater, nesta quinta-feira, 9, a política migratória da União Europeia.

Os dois agentes propõem aos responsáveis políticos “a introdução de um visto humanitário, acessível em qualquer embaixada europeia, quer nos países de origem quer de passagem dos refugiados”.

Apontam ainda à necessidade de uma entrada mais expedita, mesmo “sem a necessidade de visto”, quando estiveram em causa “razões humanitárias”.

Por outro lado, a União Europeia deve empregar mais recursos na “reinstalação” dos refugiados e zelar pela sua “reunião com os seus familiares”, realçam a Cáritas Europa e o JRS.










Matéria retirada do site:
http://noticias.cancaonova.com/europa-organizacoes-catolicas-pedem-revisao-das-politicas-de-migracao/

Atitudes que ajudam a rezar

jun 08, 2016


“A Igreja não pode dispensar o pulmão da oração” (EG 262), nos disse o Papa Francisco. Ela é o meio privilegiado do encontro cotidiano com Deus, conosco mesmos e com a comunidade de fé. No entanto, é preciso dispor-se, através de algumas atitudes.

A primeira atitude que facilita a oração é o recolhimento. Recolher a vida com toda a sua complexidade, recolhê-la, em especial diante de Deus. Estar presente e atento a tudo o que estou vivendo. A dificuldade é a distração. Se viver distraído e ausente a maior parte do dia, se não tenho consciência de mim mesmo habitualmente em cada atividade, se não me centro no que estou fazendo no decorrer do dia, o normal é que tampouco o faça no momento de oração. Oramos como vivemos e vivemos como oramos. Tomar consciência do corpo, dos sentimentos e da mente, com todos os pensamentos, reflexões, recordações e fantasias que aparecem e desaparecem. Exercitar a atenção central: a capacidade de ver e perceber tudo com uma luz interior. Invocar o Espírito Santo, que conduz o encontro com Deus. Quanto mais eu exercitar o recolhimento, tanto mais centrado estarei em cada momento.

A segunda atitude é exercitar o silêncio exterior e interior. Há ruídos exteriores e interiores. Não nos concentramos quando estamos em um ambiente ruidoso. O mesmo acontece quando temos um barulho dentro de nós mesmos: nervosismo, tensão, preocupações, angústia, agressividade, estresse… Este ruído emocional nos bloqueia e nos incapacita para estar, para estar simplesmente em atenção amorosa a Deus. É preciso criar espaços e tempos de silêncio: criar um clima silencioso, sereno, pacificador. Uma pessoa barulhenta o será em tudo: na vida e na oração. E uma pessoa silenciosa o será em tudo: na oração e na vida. O silêncio interior é absolutamente imprescindível para viver uma experiência de oração. Um silêncio interior que nos abra ao diálogo com Deus. Assim se expressava Henri Nouwen: “Senhor Jesus! As palavras que dirigiste a teu Pai brotaram do teu silêncio. Introduze-me neste silêncio, para que assim fale em teu nome e minhas palavras deem fruto. É tão difícil permanecer em silêncio, silêncio de palavras, mas também silêncio do coração… Há tantas coisas que falam dentro de mim… Sempre pareço estar enredado em debates interiores comigo mesmo, com meus amigos, com meus inimigos, com meus defensores, com meus adversários, com meus colegas e com meus rivais. Porém, este debate interior põe às claras quanto longe está de ti meu coração.” (Escritos Essenciales, Santander: Editorial Sal Terrae, 1999, p.95). Normalmente, a vida de uma pessoa ruidosa é superficial. A vida de uma pessoa silenciosa tende a ser mais profunda, integrada, positiva, unificada, repleta de harmonia, de paz e de plenitude.

A terceira atitude é a abertura para escutar e dialogar. A oração é sempre um diálogo, um encontro. Não é um monólogo, nem uma mera introspecção. É um encontro, uma saída de si, para dar espaço para acolher a Deus, que continuamente sai de si para nos encontrar, para nos falar. A abertura é fruto da consciência de si e do silêncio. Uma pessoa encerrada em seu próprio cárcere de tensões e angústias é incapaz de ver e perceber, de escutar e acolher o outro tal como é. Atitude de escuta que espera o Senhor. “Fala, Senhor, que teu servo escuta” (1Sm 3,10), disse Samuel. Escutar é uma atitude radical e essencial do homem que deseja viver aberto e acolhedor dos outros e a Deus. Escutar na oração, escutar a Deus, é, portanto, uma atitude permanente, que devo manter sempre, tal como são permanentes a comunicação e a manifestação de Deus.

A quarta atitude é a entrega de si. É uma entrega mútua em liberdade, em que eu acolho o dom infinito de sua presença e de seu amor e respondo livremente, em plena disponibilidade de amor obediente. Deus não dá coisas, ele se dá a si mesmo numa entrega total, infinita e eterna porque nos ama. Diante de Deus, portanto, só tem sentido a entrega e disponibilidade, o abandono confiante. “Faça-se em mim, segundo a tua Palavra.” (Lc 1, 38). Então, nessa experiência de amor, entrega-se, como barro modelável nas mãos de Deus.

Por Dom Adelar Baruffi – Bispo de Cruz Alta











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Marcha pela Vida em Brasília reúne 8 mil pessoas

jun 08, 2016



A 9ª Marcha Nacional da Cidadania pela Vida contra o Aborto reuniu, na tarde desta terça-feira, 7, em Brasília, cerca de 8 mil pessoas, segundo a Arquidiocese de Brasília. Entre os participantes estavam representantes de grupos e entidades civis e religiosas como o Movimento Promotores da Vida, Equipe de Métodos Naturais e a Federação Espírita Brasileira (FEB).

Com faixas e cartazes com frases e mensagem em favor da vida e repetindo a citação: “vida sim, aborto não”, os participantes saíram das proximidades da Torre de TV, localizada no Eixo Monumental, por volta das 14h30, e seguiram rumo ao Congresso Nacional, guiados por um trio elétrico.

“A intenção era chamar atenção e pressionar os deputados para a aprovação do Projeto de Lei nº 478/2007, mais conhecido como Estatuto do Nascituro – que tem por objetivo defender os direitos da criança por nascer e a dignidade da gestante”, diz a Arquidiocese de Brasília.

A 9ª Marcha Nacional da Cidadania pela Vida contra o Aborto foi promovida pelo Movimento Brasil sem Aborto e marcou seus 10 anos de fundação.

Por Canção Nova, com Arquidiocese de Brasília










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terça-feira, 7 de junho de 2016

Igrejas sobre o combate à AIDS: “Não deixar ninguém para trás”

jun 07, 2016




“Não deixar ninguém para trás” é o apelo feito pelo Secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), o Rev. Olav Fykse Tveit, em mensagem difundida em vista do encontro de alto nível da Assembleia geral da ONU sobre o HIV/Aids a se realizar em Nova York de 8 a 10 de junho. Fykse Tveit exortou as lideranças religiosas a ser mais determinadas na resposta ao HIV e pediu aos governantes que se comprometam por uma declaração política forte junto à ONU e atuem para torná-la realidade.

Desigualdades e injustiças impedem a paz

“Como pessoas de fé – disse – estamos conscientes de que conflitos, desigualdades e injustiças impedem as pessoas, em todo o mundo, de obter a paz e a prosperidade econômica. Ao longo das últimas quatro décadas, a Aids evidenciou também estas injustiças”.

Deter a epidemia até 2030

Fykse Tveit recorda que “enquanto houve enormes progressos da medicina a prevenção e no tratamento do HIV, estas soluções são insuficientes. Hoje, temos uma oportunidade fundamental e podemos colhê-la. Queremos deter a epidemia, devemos esforçar-nos para colocar um fim na difusão da Aids até 2030”.

Por Rádio Vaticano










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9º Marcha Nacional contra o aborto pede aprovação do Estatuto do Nascituro

jun 03, 2016





O Movimento Brasil Sem Aborto promove no próximo dia 7 de junho a 9º Marcha Nacional da Cidadania pela Vida contra o Aborto, na cidade de Brasília-DF. A Marcha tem o objetivo de chamar a atenção dos parlamentares, apontando que mais de 79% da população brasileira é contra a legalização do aborto no país, afirma a presidente do movimento, Lenise Garcia.

Com o tema ‘Quero Viver! Você me ajuda!’, a edição deste ano pede a aprovação do Estatuto do Nascituro (PL 478/2007), que define os direitos da criança ainda não nascida, assim como o da gestante.

O Estatuto do Nascituro já foi aprovado em duas comissões: Seguridade Social e Família (CSSF) e Finanças e Tributação (CFT). Atualmente, está na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados (CCJ) e aguarda a apresentação do relatório.

A Marcha também questiona o Projeto de Lei 882/2015 e a SUG15/2014, que tramita no Senado Federal.

De acordo com o Movimento, o PL 882/2015, de autoria do deputado Jean Wyllys, “abre amplas portas para o aborto”. Lenise Garcia explica que o Artigo 19 revoga os Artigos 124, 126 e 128 do atual Código Penal, fazendo com que o aborto deixe de ser crime, em qualquer circunstância, exceto quando realizado contra a vontade da gestante. “Assim, na prática, o aborto estaria permitido em qualquer momento da gestação e sob qualquer justificativa, uma vez que tudo o que não é proibido é permitido”, destaca.

Já a SUG15/2014, quer a realização do aborto pelo Sistema Único de Saúde (SUS) até 12 semanas de gestação, bastando a vontade da gestante. A proposta foi tema de uma sugestão de lei na página e-Cidadania, do Senado Federal, em 2014, e recebeu apoio de 20 mil pessoas, passando a tramitar como SUG 15/2014. A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) realizou audiências públicas para debater o assunto.

A concentração para Marcha será próximo à Torre de TV às 14h, para depois seguirem até a Esplanada dos Ministérios, no Eixo Monumental.

Por A12











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Papa Francisco: “O Sermão da Montanha é o GPS da vida cristã”

jun 06, 2016




Em sua homilia de hoje, na capela da Casa Santa Marta, o Papa Francisco se inspirou no Evangelho de Mateus, que mostra Jesus instruindo as multidões com o célebre sermão da montanha.

Francisco reiterou que Cristo ensinava a nova lei, que não cancela a antiga, mas a aperfeiçoa, levando-a “à sua plenitude”:

“Esta é a lei nova, esta que nós chamamos ‘as bem-aventuranças’. É a nova lei do Senhor para nós. São o guia da rota, do itinerário, são a bússola da vida cristã. Neste caminho, segundo as indicações deste ‘GPS’, podemos prosseguir na nossa vida cristã”.

Francisco prosseguiu a homilia completando o texto de Mateus com as considerações que o evangelista Lucas coloca no final das Bem-aventuranças: ai de vocês, os ricos, ai de vocês, que agora têm fartura, ai de vocês, que agora riem, ai de vocês, se todos os elogiam.

O Papa recordou que disse muitas vezes que “as riquezas são boas, mas o que faz mal é o apego às riquezas” que se torna “uma idolatria”.

“Isto é contrário à lei. É o GPS errado. É curioso! Estes são os três degraus que levam à perdição, assim como estas Bem-aventuranças são os degraus que levam adiante na vida. Os três degraus que levam à perdição são: o apego às riquezas, porque eu não preciso de nada. O segundo é a vaidade. Quero que todos falem bem de mim. Se todos falam bem me sinto importante, muito incenso e eu acredito ser justo, não como aquele ou como aquele outro. Pensemos na parábola do fariseu e do publicano: ‘Ó Deus, eu te agradeço, porque não sou como os outros homens…’. ‘Obrigado, Senhor, porque sou um bom católico, não como o meu vizinho ou a minha vizinha’. Todos os dias isso acontece! O terceiro degrau: o orgulho, que é a saciedade, as risadas que fecham o coração.”

Dentre todas as Bem-aventuranças, Francisco seleciona uma que, afirmou, “não digo ser a chave” de todas, “mas nos faz pensar muito”: “Bem-aventurados os mansos”. A mansidão:

“Jesus diz de si mesmo: Aprendam de mim que sou manso e humilde de coração. A mansidão é uma maneira de ser que nos aproxima muito de Jesus. Ao invés, o comportamento contrário sempre procura as inimizades, as guerras, tantas coisas ruins que acontecem. Mas a mansidão, a mansidão de coração que não é tolice. É outra coisa. É a profundidade em entender a grandeza de Deus, e adoração.”

Por Zenit, com Rádio Vaticano













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Papa: não à “espiritualidade do espelho”, o cristão seja luz para todos



jun 07, 2016



A pilha para que o cristão ilumine é a oração. Foi o que afirmou o Papa Francisco na Missa celebrada na manhã de terça-feira (07/06) na Casa Santa Marta.

Luz e sal: Comentando o Evangelho do dia, Francisco ressaltou que Jesus fala sempre “com palavras fáceis, com comparações simples, para que todos possam entender a mensagem”.

Daqui a definição do cristão que deve ser luz e sal. Nenhuma das duas coisas é finalizada a si mesma, explicou o Pontífice. “A luz é para iluminar algo; o sal é para dar sabor” a outro alimento.

Oração ilumina o cristão

O Papa então se pergunta: mas como o cristão pode fazer para que não faltem sal e luz, para que não acabe o óleo para acender a lâmpada?

“Qual é a pilha para que o cristão ilumine? Simplesmente a oração. Você pode fazer tantas coisas, tantas obras, inclusive obras de misericórdia, pode fazer tantas coisas grandes para a Igreja – uma universidade católica, um colégio, um hospital… – podem até fazer a você um monumento como benfeitor da Igreja. Mas se não rezar, será um pouco obscuro, tenebroso. Quantas obras se tornam obscuras por falta de luz, por falta de oração. Aquilo que mantém, que dá vida à luz cristã, aquilo que ilumina é a oração”.

O Papa completou: mas esta oração deve ser “para valer”: “a oração de adoração ao Pai, de louvor à Trindade, a oração de agradecimento, pode ser também a oração para pedir coisas ao Senhor, mas a oração do coração”.

O cristão dá sabor à vida dos outros com o Evangelho

Este é o óleo, a pilha que dá vida à luz”, prosseguiu Francisco. Também o sal, acrescentou, não dá sabor a si mesmo”:

“O sal se torna sal quando se doa. E esta é outra atitude do cristão: doar-se, dar sabor à vida dos outros, dar sabor com a mensagem do Evangelho. Doar-se. Não preservar si mesmo. O sal não é para o cristão, é para doar. O cristão recebe para doá-lo, mas não para si mesmo. Os dois – isso é curioso –, luz e sal, são para os outros, não para si mesmo. A luz não ilumina a si mesma; o sal não dá sabor por si só”.

Certo – observou – pode-se perguntar até quando o sal e a luz podem durar se continuarmos a doar-nos sem parar. Ali – responde Francisco – “entra a força de Deus, porque o cristão é um sal doado por Deus no Batismo”, é “uma coisa que é dada como dom e continua a ser doada se continuarmos a dá-la, iluminando e dando. E não termina nunca”.

Defender-se da tentação da ‘espiritualidade do espelho’

Isto é precisamente o que acontece na Primeira Leitura com a viúva de Sarepta que confia no Profeta Elias e por isso, sua farinha e o óleo não acabam nunca. O Papa então dirigiu um pensamento à vida presente do cristão:

“Ilumina com a sua luz, mas defenda-se da tentação de iluminar a você mesmo. Isto é uma coisa feia, é um pouco como a espiritualidade do espelho: ilumino a mim mesmo. Defenda-se da tentação de cuidar de si mesmo. Seja luz para iluminar, seja sal para dar sabor e conservar”.

O sal e a luz, afirmou ainda, “não são para si mesmos”, são para dar aos outros “boas obras”. E assim, exortou, “resplandeça a sua luz diante dos homens. Para que? Para que vejam as suas boas obras e glorifiquem o seu Pai, que está nos céus. Ou seja: retornar Àquele que lhe deu a luz e lhe deu o sal”. “Que o Senhor nos ajude nisso – retomou o Papa – a cuidar sempre da luz, a não escondê-la, mas colocá-la em prática”. E o sal… “dar o justo, o necessário, mas doá-lo”, porque assim não acaba. “Estas – concluiu – são as boas obras do cristão”.

Por Rádio Vaticano












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Arrependimento

jun 07, 2016



O rei Davi cometeu um grave pecado, o de mandar matar Urias e ficar com sua mulher. O profeta Natã, recebeu a incumbência divina de lhe dizer sobre as consequências morais e sociais de sua insanidade. No ato o monarca reconheceu o grande pecado e se arrependeu. O emissário de Deus comunicou-lhe o perdão divino, mas com a penalização suficiente para a aprendizagem de não incorrer novamente em delito semelhante (Cf. 2 Samuel 12,7-13)

Se Deus se vingasse de nós estaríamos perdidos. Ele está sempre disposto à misericórdia. Sua justiça é diferente da nossa. É misericordiosa. Isso não significa deixar-nos continuando a cometer erros e pecados. Exige conversão, arrependimento e manifestação de amor, apesar de o pecador ainda estar sujeito aos próprios erros. A nossa justificação depende do amor divino, que espera sinal de nossa vontade em também nos esforçar para tentarmos corresponder ao amor infinito de Deus.

Mas o amor divino sempre exige uma hipoteca ou um compromisso nosso: o de também amarmos o semelhante. É o que Jesus nos ensina na oração do Pai Nosso: perdoai-nos, como também perdoamos. Em relação ao semelhante, de ambas as partes o arrependimento das falhas é fundamental para que a humildade seja uma atitude que leve cada um a reconhecer que não é superior ao outro. Somos todos pecadores e precisamos de nos entender e converter para um convívio de irmãos. Até na família mais tranquilha existem momentos de fragilidades e atitudes de incompreensões. Por isso, é preciso haver paciência, compreensão, correção e perdão. Qual pai ou mãe que não quer o bem dos filhos e até perdoa suas falhas? A correção com amor inclui a formação para o arrependimento e mudança de atitudes. O bem do outro é promovido na correção caridosa para seu futuro melhor!

O fingimento de estar arrependido só para levar vantagem, de qualquer tipo, não leva à credibilidade de quem o faz. Com o tempo o que é oculto vem a ser revelado, mais cedo ou mais tarde, até na justiça humana. O arrependimento verdadeiro leva a pessoa a mudar realmente de vida e se pautar por um caminho adequado a se assumirem valores éticos e morais.

Todo delito deve ter sua penalização, para a pessoa se treinar na nova modalidade de conduta. Mas tal pena deve ser educativa e corretiva. Na aplicação das leis civis muitas vezes a penalização é vingativa e não corretiva, como vemos no sistema carcerário. É preciso haver mudança radical nesse sistema, que, às vezes, se torna escola de pós-graduação em maior criminalidade!

Jesus mostra como se deve agir com a pessoa pecadora que se arrepende. Ele foi tomar refeição na casa de um fariseu. Ali u’a mulher pecadora banhou seus pés com as lágrimas, enxugou-os com seus cabelos e neles colocou perfume. O homem que o hospedava conhecia a pecadora e pensou que o Mestre, se fosse mesmo profeta, saberia quem era a mulher e não a deixaria fazer o que estava realizando. Mas Jesus provou-lhe que, sim, ele bem sabia e desafiou-o a se pronunciar sobre quem mais amava: quem tem mais culpa e recebe o perdão ou quem de menos culpa? (Cf. Lucas 7,36-45) À resposta óbvia do fariseu Jesus replicou: “Você não me ofereceu água para lavar os pés e ela o fez com suas lágrimas e os enxugou com seus cabelos… Aquele a quem se perdoa pouco mostra pouco amor!”(Lucas 7,44).

Nós nunca perdemos nada em nos arrepender das falhas, tentando corrigi-las. Sabemos que disso vêm as consequências benéficas para nós e para os outros. Sabemos que podemos contar com a graça de Deus e também com a compreensão do semelhante!

Por Dom José Alberto Moura – Arcebispo Metropolitano de Montes Claros (MG)









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Roubada relíquia de São João Paulo II na Alemanha

jun 07, 2016




Uma relíquia de São João Paulo II – um pedaço de tecido com uma gota de sangue do santo – foi roubada de um relicário [na foto] na Catedral de Colônia, na Alemanha. Não há pistas do autor do crime, que teve que quebrar o vidro para roubar a peça. Uma visitante percebeu o furto na manhã de domingo, 5.

O decano da Catedral, padre Gerd Bachner, disse estar estarrecido diante do crime. “Materialmente, não há tanto valor, tão maior é a perda espiritual”.

Bachner recordou a memória de São João Paulo II e a força do santo em suportar, até o fim, a doença e classificou o furto como uma demonstração de falta de piedade. “Um dano a este grande homem – após a sua morte – e a todos que procuram este memorial em Colônia”, acrescentou o decano.

O relicário é uma lembrança da passagem do santo por Colônia, em 1980. Este não foi o primeiro roubo de uma relíquia de São João Paulo II. Em 2012, uma relíquia foi “subtraída por engano” enquanto viajava. Já em 2014, vândalos roubaram uma relíquia no pequeno Santuário de São Pedro de Ienca, na região de Abruzzo, na Itália.

Por Rádio Vaticano











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