domingo, 8 de maio de 2016

Líderes católicos do Distrito Federal têm público cativo nas redes sociais

Padres mostram que o mundo virtual, se usado com sabedoria, pode atingir muitos fiéis. Até o papa Francisco percebeu o potencial

postado em 08/05/2016 08:19



O padre Eduardo Peters percebeu a efetividade do Facebook, mas aponta que encontros pessoais ainda são mais importantes na religião


As redes sociais e a religião têm pelo menos algo em comum: você não necessita do contato físico para atingir seu objetivo. Se para se aproximar de uma pessoa na internet o usuário só precisa de um clique, basta ao fiel um pensamento para chegar a Deus. Nada mais normal, então, que a Igreja Católica entre na rede para chegar mais perto do seu público — mesmo que alguns considerem a instituição muito arraigada às tradições. Os líderes católicos têm usado, cada vez mais, o mundo virtual para interagir e evangelizar. O próprio papa Francisco incentiva a utilização desses meios.


No Brasil, um exemplo disso é o padre Fábio de Melo, que faz a alegria de quem o acompanha com as postagens descontraídas na internet. O sacerdote conta com mais de 1 milhão de seguidores em todas as redes sociais. Em Brasília, a história não é diferente. Diversos religiosos estão atentos a tudo o que ocorre no mundo on-line.

Fernando Alves é padre no Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Taguatinga. Ele tem conta em seis redes: Facebook, Twitter, Instagram, Snapchat, WhatsApp e LinkedIn. Paulista, o religioso utiliza as plataformas para se comunicar com a família, que mora em diversas cidades do país, e para a evangelização dos membros da igreja. “É muito difícil as pessoas ligarem, pagarem interurbano, por mais que as operadoras tenham essa facilidade. Então, encontrar uma rede wi-fi, por exemplo, facilita. Fazemos uma orientação remotamente e, depois, temos a oportunidade de aprofundar”, diz.


Contato
Reitor do Seminário Maior de Brasília, o padre Eduardo Peters diz que as redes são instrumentos potentes, mas não substituem o contato pessoal. A mensagem do papa emérito Bento XVI em 2013 — que falava da contribuição das redes sociais para o surgimento uma nova “praça pública”, onde as pessoas compartilham ideias, informações, opiniões — incentivou Peters ainda mais a fazer postagens no Facebook. Ele colocava os textos que produzia em um blog, mas viu que nas plataformas de contato instantâneo e textos curtos as pessoas comentavam mais. “Elas leem até certo ponto. As mensagens breves e mais diretas têm mais alcance, são melhores e as reações são diferentes”, constata.






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